Comentário:
Depois do absurdo despejo na última semana, continuam ameaças contra a vida dos quilombolas.
Necessário providências urgentes das autoridades competentes de MG e governo federal. Não aceitamos mais lideranças assassinadas em Minas Gerais na luta pela terra e o território.
Rosely/ Recid-MG
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----- Enviadas: Quarta-feira, 4 de Maio de 2011 9:41:51
Assunto: Pistoleiros e ameaças em Brejo dos Crioulos
Estive ontem em Brejo dos Crioulos reunido com os quilombolas e ouvi muitos relatos da ação de Jagunços armados conforme nossa denúncia na nota deste domingo. Retornei ontém para Montes Claros e acabo de receber telefonema do presidente da Associação de Brejo dos Crioulos, João Pêra, que foi ontem de moto por volta das 17 horas parado por Fabinho, Roberto e Lucídio pistoleiros da Fazenda de Raul Ardito Lerário e por Barbudo pistoleiro da Fazenda de Miguel Véo Filho, todos a cavalo, fortemente armados com carabinas e espingardas 12 milímetros e foi ameaçado por eles. Mais tarde ele foi novamente parado pelo pistoleiro “Lixandão” mais outros sete desconhecidos que estavam de carro e também fortemente armados e também foi por eles ameaçados.
Já sabemos que a PMMG não tomará providências e se tomar não encontrará ninguém armado lá, pois todos já estarão sabendo. Neste domingo já denunciamos essas pessoas passando lá armados com a polícia. Brejo dos Crioulos já teve confrontos entre pistoleiros ferindo gravemente quilombolas. Brejo dos Crioulos já teve ação da Polícia federal surpreendendo pistoleiros com armamentos lá. Só a PMMG não consegue ver isso. Chamamos as autoridades competentes, pois enxergamos uma ação de pistoleiros de outras fazendas se organizando e formando milícias armadas para intimidar e ameaçar as lideranças quilombolas. Lideranças quilombolas que denunciaram ação de desmate de aroeiras na região à polícia do meio ambiente, em vez de ver apuração foi ameaçado pela polícia. O governo estadual e federal têm denúncias mais do que suficiente sobre “Brejo”, atual e antigas, mas será que precisará haver chacinas para de fato tomar algumas medidas. MDA e Casa Civil a lerdeza no encaminhamento do processo contribui e muito para esse acirramento. Mas até então parece que a vida dessas pessoas não tem muita importância e por isso essa luta de sofrimento já dura de 12 anos.
Paulo R. Faccion
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