segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O NEGRO E AS ELEIÇÕES...


Antes de publicar aqui o artigo de um amigo, refletindo sobre o processo eleitoral de 2012, relacionado com o Negro, gostaria de favorecer um pensamento importante que veio nesse contexto a nos questionar, junto desta imagem:

É preciso forjar o espírito revolucionário!


O NEGRO E AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012

  por Flávio José dos Passos *

Diferentemente de alguns partidos moldados a partir de rearranjos de legendas, muitas vezes mais para esconder seus passados de coronelismos e oligarquias, o Partido dos Trabalhadores vive um dos seus momentos mais propícios a crescer em sintonia com suas origens, com os anseios e demandas sociais brasileiras, latino-americanas, e afrodiaspóricas. Este texto se propõe uma breve reflexão, a partir dos resultados das últimas eleições municipais e de uma matéria ("PT Repaginado") veiculada na Revista “IstoÉ” (1.nov.2012), a qual aborda as mudanças dentro do partido, em curso desde a eleição de Dilma, numa estratégia de se priorizar nomes técnicos, em detrimento dos talvez desgastados nomes políticos. A quem interessa tal distinção? Quais seus impactos em termos de democratização racial da gestão pública?
É fácil perceber que dentre os nomes técnicos destacados pela Revista não há nenhum (a) negro (a). Vale lembrar que dentre os negros que mais ascenderam nas três primeiras décadas do PT, duas chegaram a ministras (Benedita da Silva e Matilde Ribeiro), a primeira, política, a segunda mais técnica. Hoje, Luiza Bairros, atual ministra da Igualdade Racial, une as duas características e, provavelmente, isso lhe esteja garantido forças para resistir às pressões inerentes a um cargo como este.
Mesmo elencando as três militantes ministras, são raros os exemplos de negros e negros que se destacaram nos governos de esquerda, simplesmente, porque também foram raros os que lá chegaram, seja em Brasília, seja nas capitais, seja nas assembleias e nos mais de cinco mil municípios brasileiros. Desde a conclusão do primeiro turno das eleições de 2012, procuro alguma análise mais séria sobre a participação de negros (as) nas eleições de 2006 a 2012. Seria fundamental se os institutos de pesquisa ou análises políticas fizessem uma leitura do quanto avançou (ou não) o processo de democratização dos quadros partidários, na perspectiva de gênero e/ou raça.
Nas primeiras décadas do PT, a militância que mais prevaleceu à frente da direção do partido foi um determinado grupo branco reunido em torno da agenda sindical e intelectual, com raros destaques negros, não obstante a força da participação de lideranças do Movimento Negro nesse mesmo período, dentro e fora dos partidos de esquerda. Nos anos subsequentes, principalmente com o aumento da presença do PT na governança de municípios e estados, essa tendência (louvável, pelo caráter da qualidade da política pública que se desenvolve nos governos mais técnicos) de se priorizar o técnico em detrimento do político, se transforma em um dos fatores de aprofundamento do embranquecimento dos quadros parlamentares e executivos país afora.
Este fenômeno já é sentido não apenas na política partidária e nos governos, mas nos concursos públicos, cada dia exigindo maior formação técnica e acadêmica, e também na composição dos quadros docentes no ensino superior. Naturalizarmos a ausência de negros nos espaços estratégicos de poder seria não percebermos o racismo agindo por dentro das estruturas sociais. Até quando aceitaremos essa assimetria social e racial, mesmo sendo os negros a maioria ou significativa parcela da militância nos partidos de esquerda? Ou já não mais? Estariam os pobres (negros, em sua maioria) engrossando as estatísticas cada dia maiores das abstenções, do voto nulo ou de protesto? Seria uma forma de protesto, de indignação, de manifestação de uma consciência política a colocar em xeque a própria política?
Uma consequência trágica da tecnicização da política é que os governos começam a tratar as decisões políticas sob a perspectiva do mercado. Como fica o sentido moral das decisões políticas em um governo sem coracão? Um exemplo disso é há um modelo de política regido por uma pseudo intelectualidade tecnocrata, branca, hétero, masculina, cristã, de classe média em ascensão, que tem transformado a cidade em mercadora. Este modelo está mais interessado em manter a cidade (entende-se a parte “trafegável” do perímetro urbano) limpa (na perspectiva higienista mesmo) e acessível à classe média, ávida por liberdade de acesso aos bens de consumo.
Há um modelo questionado e reprovado nas urnas nas últimas eleições, por ter elegido o outro (pobre, mulher, negro, homossexual, indígena, quilombola, cigano, povo de santo, sem-terra, sem teto, subempregado, jovem negro dos morros, criança em situação de rua, desempregado, morador de rua, grupos tradicionais) como ameaça, atraso, estranho, como gente de segunda categoria, passível de ser menos prezada, menos cuidada.
Por sua trajetória, o PT talvez se encontre frente a um dilema de origem, qual seja, reproduzir as estruturas de poder que não permitem a efetiva participação e soberania popular ou, romper com esse modelo e fazer refletir em seus quadros a diversidade das urnas. O projeto aprovado pelo povo em três eleições presidenciais e inúmeras eleições municipais petistas mostra que o povo quer o “outro” nos espaços de poder.
No entanto, esse mesmo povo pode corre o risco de ser transformado em um “totalmente outro” ao qual a indiferença da sociedade é expressa em um “deixar morrer” que se converte em uma eficiente “necro-política” estatal “com forte componente racial”, termos cunhados pelo antropólogo Jaime Amparo Alves no texto “As eleições na Bahia: a derrota de Pelegrino e o recado ao governador”, publicado dia 29 de outubro (http://comraivaepaciencia.blogspot.com.br/). Leonardo Boff lembra que a construção da democracia no Brasil passa premente ruptura radical da forma como a sociedade se relaciona com o negro, não mais o reduzindo a um mero objeto, mas o reconhecendo como sujeito da própria história e da própria vida.
Nas décadas de 30 e 40 do século XX, tivemos alguns movimentos do negro na política partidária brasileira, não entrando aqui no mérito do caráter ideológico de alguns desses movimentos. O PT tem suas bases em diversas lutas que, diferente da luta contra a ditadura, não caíram em desuso ou se tornaram anacrônicas com a democratização do país. Ao contrário, nas últimas décadas várias temáticas tidas como "de minoria" ganharam o centro das discussões políticas e intelectuais, principalmente com respeito à diversidade de gênero, de raça e de religião.
Mas, o que mudou na “sala de jantar”? Quantas mulheres negras se candidataram? Quantas foram eleitas? Quantos homossexuais se candidataram e foram eleitos? Quantos eleitos vieram de comunidades tradicionais? Não se pode isentar o partido sob o pretexto de que a sociedade que é preconceituosa, pois também as instituições refletem as mazelas sociais de nosso tempo. Quantos candidatos negros tiveram aporte financeiro e prioridade na legenda para as suas candidaturas terem êxito? Em quantas reuniões com marqueteiros de campanha a temática étnico-racial foi suprimida da pauta sob a alegação de que “isso tira voto”? Em Salvador, com mais de 85% da população negra, o máximo que avançamos agora - a vice ser negra e militante - nos igualou a uma estratégia da direita.
O PT já tem estrada o suficiente pra fazer acontecer um caminho através do qual chegássemos a um grau de maturidade cidadã. Será que essas mudanças pragmáticas e programáticas em curso nas estruturas dos partidos de esquerda ainda temem uma ascensão negra? Ainda imperaria o temor de se ter de dividir o palanque, as planilhas das administrações, os secretariados, enfim, o projeto político do país? As mudanças em voga não poderiam apenas pautar a continuidade ou perpetuação de uma determinada sigla no poder, mas sim, a própria definição do que é o poder na democracia.
Não me convencem os discursos de que "vocês (negros) são divididos". Acredito que a nossa heterogeneidade não nos diminua. Antes, entendo-a como uma estratégia, desde a África, de estarmos para além da sobrevivência. Não somos divididos, somos diversos e entendemos ser a diversidade nossa maior riqueza. Não são partidos que irão nos encurralar. E, talvez, seja este o preço alto que pagamos por não nos curvarmos a uma lógica de mão única da politica pensada a partir da casa-grande para a senzala, a favela, a periferia e o quilombo. Mas, que fique essa reflexão de mão dupla. Pois, por mais que na última década tenhamos avançado em conquista de direitos para os povos tradicionais (quilombolas, terreiros, indígenas...), ainda somos uma nação cujo poder é exageradamente e assustadoramente branco, em sua forma, em seu discurso, em suas artimanhas de perpetuação.
Na última década, avançamos significativamente em leis e políticas de ações afirmativas, na área da educação das relações étnico-raciais, com a Lei 10.639/03; na regularização das terras quilombolas, com o Decreto 4.887/03; no direito à liberdade religiosa, com o Decreto 11.635/07, que institui o Dia Nacional de Combate à intolerância religiosa; na superação do racismo institucional; na democratização do acesso ao ensino superior através das cotas sociais e raciais nas universidades federais, com o Decreto 7824/2012; com a aprovação de cotas para negros nos concursos públicos. A criação e manutenção dos diversos organismos governamentais de promoção das políticas de igualdade racial sela este momento de busca de construção da equidade racial através das políticas públicas. Igualdade e superação do racismo, no entanto, não se conquistam por decretos. Avançamos, graças, muitas vezes, à nossa luta "zumbílica" que é de transformá-los em cotidiano dentro das plataformas e prioridades de ação dos governos e instituições. 
É indiscutível o protagonismo do PT na proposição de agendas das políticas de ações afirmativas e diversidade. Como também é notório o quanto Lula enquanto gestor e articulador político soube “fazer a coisa certa”. E foi sua histórica proximidade com os movimentos sociais que lhe permitiu fazer o que precisava ser feito. Nenhum gestor ou parlamentar, técnico ou político, carreirista ou militante, rico ou pobre, branco ou negro, pode se dar ao direito da ignorância de não saber o significado histórico e político de cada uma destas conquistas. E não apenas não ignorar, como não obstaculizar o processo de desenvolvermos políticas públicas de Estado que gere uma sociedade mais igualitária, superando o modelo universalista, quando não genocida, que, no último século, fez cristalizar nossas desigualdades raciais e sociais. 
Carlos Moore, na obra "Racismo e Sociedade" lembra que o racismo está na base das históricas hegemonias econômicas, políticas e militares. O racismo, segundo o autor, como sistema integrado total, é uma questão de monopólio e gestão racializada dos recursos de uma sociedade e do planeta (2006, p. 213). Arraigado em todas as instâncias do poder, principalmente a política, o racismo “tem como função específica blindar os privilégios do segmento hegemônico da sociedade (...) visando a manutenção de redes de solidariedade endógena automática em torno do fenótipo” (p. 212).
Enquanto nossa política for unilateral, de alguns se arvorando pensar e decidir pela maioria, haverá dominação, alienação e submissão. Contudo, e a história recente tem mostrado isso, a maioria não se sentirá representada. Haverá respostas, resistências, obrigado à mudança de paradigma. A política do século XXI será a da diversidade humana, a do diálogo verdadeiro, a do respeito e valorização das diferenças, a da superação das desigualdades historicamente construídas. Qualquer politica que não expressar estas dimensões, ainda terá fortes resquícios dos colonialismos que nos fizeram, negros e brancos, menos. Isto serve para o município, o estado, a nação. Serve para o Brasil, para os EUA e para o mundo. 
Na noite de 28 de outubro, na praça lotada de militantes, fiquei muito feliz quando, na conclusão do discurso da sua quarta vitória, Guilherme Menezes, o prefeito petista de Vitória da Conquista, cidade na qual, desde 2005, resido, trabalho, voto e milito, disse: "é inadmissível uma sociedade na qual exista discriminação das pessoas e na qual exista criminalização dos jovens pobres". Voltei pra casa com uma grande esperança no coração, a mesma que há mais de duas décadas, a cada dia, me desperta para a luta negra política (da qual a partidária é apenas um meio). A luta por uma sociedade com equidade continua e estamos cada dia mais fortalecidos, porque compreendemos que esta é a condição de consolidarmos uma verdadeira democracia!

P.s.: Grato pelas considerações feitas por Jaime Amparo Alves, Quelly Yunah, Thalles Victor Miranda, no processo de elaboração do texto.

* Flávio José dos Passos, 41 anos, militante em cursinhos comunitários e mestre em Antropologia pela PUC-SP, está assessor técnico em políticas de promoção da igualdade racial na Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, BA. Endereço Eletrônico: br2_ebano@yahoo.com.br

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

RACISMO: "MODUS OPERANDI À BRASILEIRA"


A "condenação" por RACISMO no Brasil, basicamente é resumida à forma de indenização, isso quando se julga... não esqueçamos que este tipo de crime compreende reclusão, prisão (ou seja, cadeia) - mas que, infelizmente, é raro ver algum preso condenado por este crime. Ainda mais num caso em que se trata de um funcionário público do universo jurídico. Este que, segundo a matéria abaixo, consideramos como um caso raríssimo de se ver por aqui. Mas, continua sendo mais triste ver que uma pessoa, cidadão considerado de bem, pago para defender a população, sem implicar que a discriminação está presente à maneira brasileira não é de hoje... 

Voltando à velha questão para a sociedade brasileira: - quem diz mesmo que não há racismo no Brasil???

Que comentem os estudiosos defensores divulgação das obras de  Monteiro Lobato (sem o direito a se fazer - pelos educadores - qualquer crítica a respeito) e das teses de Gilberto Freyre, em Casa Grande & Senzala.

* A matéria a seguir foi publicada, antes, pelo Portal Geledés.

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RACISMO NO BRASIL

Defensor público pagará indenização de R$ 12.400 por chamar uma mulher negra de 'negra, preta e pobre'



    racismo defensor publicoUm defensor público aposentado foi condenado nesta quarta-feira a indenizar uma faxineira em R$ 12.440 após chamá-la de "negra, preta e pobre" sem motivo, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).


    A agressão ocorreu em feveireiro de 2008 na garagem do prédio do aposentado, onde a filha da faxineira trabalhava. Segundo a vítima, ela dirigiu-se ao aposentado para se informar sobre o paradeiro da filha, que trabalhava, também como faxineira, no edifício em que ele residia. Sem motivo, o homem teria começado a agredi-la verbalmente.



    A mulher afirmou que as ofensas e o tratamento ríspido e discriminatório deixaram-na "atordoada", magoando-a e constrangendo-a publicamente. Em setembro de 2009, ela ajuizou ação na 24ª Vara Cível de Belo Horizonte contra o aposentado.



    O aposentado contestou as acusações, dizendo que não ofendeu a faxineira e que se limitou a responder que a filha dela não estava mais no local. Ele também disse que a faxineira pretendia obter benefícios financeiros com a ação, provocando escândalo diante de sua casa, e acusou a filha dela de não ter desempenhado bem suas tarefas enquanto prestou serviços ao condomínio.



    A decisão de primeira instância, em fevereiro de 2011, havia estipulado indenização de R$ 7 mil. O defensor público, inconformado, recorreu, pedindo a redução da quantia a ser paga. A faxineira, por sua vez, também apelou, pedindo que o valor fosse aumentado.
    Os desembargadores José do Carmo Veiga de Oliveira, Mariângela Meyer e Álvares Cabral da Silva analisaram ambos os recursos. Por maioria de votos, a indenização pelos danos morais foi majorada de R$ 7 mil para R$ 12.440.


    Fonte: Terra
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    Considerações:

    O racismo é estrutural, e mais atuante do que nunca na conjuntura social brasileira.

    "A estrutura social continua piramidal e nada democrática, quanto à igualdade de oportunidades"

    * Parte dessa citação/ilustração publicada em:

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    Observações importantes:
    ·       É crime a discriminação, o preconceito de raça, cor, etnia,

     religião ou procedência nacional, isso é que determina a LEI 

    FEDERAL 9.459/97.


    ·       O racismo é crime inafiançável (a prisão não será relaxada em 

    favor do criminoso) e imprescritível (a pena é perene. O Estado 

    não pode impedir de punir a qualquer tempo o autor do 

    delito).


    ·       Se o crime for praticado contra menor de 18 (dezoito) anos 

    a pena é agravada de 1/3 (um terço), se:


    - impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, 

    estalagem, ou qualquer estabelecimento similar;


    - impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, 

    bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público;


    - impedir o acesso ou recusar atendimento em 

    estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes 

    sociais abertos ao público;


    - impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de 

    cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou 

    estabelecimentos com as mesmas finalidades;


    - impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou 

    residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos;


    - impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como 

    aviões, navios, barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou 

    qualquer outro meio de transporte concedido;


    - impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em 

    qualquer ramo das Forças Armadas;


    - impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o 

    casamento ou convivência familiar e social;


    - praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de 

    raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional;


    - fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, 

    emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que 

    utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do 

    nazismo;


    Algumas situações/casos:

    (para conhecimento sobre onde se aplica...):



    Se o patrão não gosta de gente negra e se manifestar de forma 

    preconceituosa...


    Se proibirem de entrar em restaurante por estar vestido 

    “inadequadamente”, ou sem nenhum outro motivo...


    Se proibir a matricula do filho em alguma escola...


    Seu o patrão/patroa obrigar a entrar pela porta de traz, com o 

    argumento de que é apenas para os empregados...


    Se o estabelecimento comercial negar atendimento...



    Deve ser denunciado!!



    Confira a Lei na íntegra, ABAIXO:


    Presidência da República

    Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurídicos

    LEI Nº 9.459, DE 13 DEMAIO DE 1997.

    Altera os arts. 1º e 20 da Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, e acrescenta parágrafo ao art. 140 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940.

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
    Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancionou a seguinte Lei:

    Art. 1º Os arts. 1º e 20 da Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação:

    "Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional."

    "Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

    Pena: reclusão de um a três anos e multa.

    § 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.

    Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

    § 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza:

    Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

    § 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:

    I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;

    II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.

    § 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do material apreendido."

    Art. 2º O art. 140 do Código Penal fica acrescido do seguinte parágrafo:

    "Art. 140. ...................................................................

    § 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem:

    Pena: reclusão de um a três anos e multa."

    Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

    Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o art. 1º da Lei 8081, de 21 de setembro de 1990, e a Lei 8.882, de 3 de junho de 1994.

    Brasília,13de maiode 1997; 176º da Independência e 109º da República.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

    P.S.: Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 14/05/1997.



    quarta-feira, 25 de julho de 2012

    o Cardeal Sales e a Ditadura no Brasil



    "Dom Eugênio Sales era, com todo o respeito, o cardeal da ditadura"

    por José Ribamar Bessa Freire
    [Professor. Coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO) e edita o site-blog Taqui Pra Ti]

    O tratamento que a mídia deu à morte do cardeal dom Eugenio Sales, ocorrida na última segunda-feira, com direito à pomba branca no velório, me fez lembrar o filme alemão "Uma cidade sem passado", de 1990, dirigido por Michael Verhoven. Os dois casos são exemplos típicos de como o poder manipula as versões sobre a história, promove o esquecimento de fatos vergonhosos, inventa despudoradamente novas lembranças e usa a memória, assim construída, como um instrumento de controle e coerção.
    Comecemos pelo filme, que se baseia em fatos históricos. Na década de 1980, o Ministério da Educação da Alemanha realiza um concurso de redação escolar, de âmbito nacional, cujo tema é "Minha cidade natal na época do III Reich". Milhares de estudantes se inscrevem, entre eles a jovem Sônia Rosenberger, que busca reconstituir a história de sua cidade, Pfilzing – como é denominada no filme – considerada até então baluarte da resistência antinazista.
    Mas a estudante encontra oposição. As instituições locais de memória –o arquivo municipal, a biblioteca, a igreja e até mesmo o jornal Pfilzinger Morgen– fecham-lhe suas portas, apresentando desculpas esfarrapadas. Ninguém quer que uma "judia e comunista" futuque o passado. Sônia, porém, não desiste. Corre atrás. Busca os documentos orais. Entrevista pessoas próximas, familiares, vizinhos, que sobreviveram ao nazismo. As lembranças, contudo, são fragmentadas, descosturadas, não passam de fiapos sem sentido.
    A jovem pesquisadora procura, então, as autoridades locais, que se recusam a falar e ainda consideram sua insistência como uma ameaça à manutenção da memória oficial, que é a garantia da ordem vigente. Por não ter acesso aos documentos, Sônia perde os prazos do concurso. Desconfiada, porém, de que debaixo daquele angu tinha caroço – perdão, de que sob aquele chucrute havia salsicha – resolve continuar pesquisando por conta própria, mesmo depois de formada, casada e com filhos, numa batalha desigual que durou alguns anos.
    Hostilizada pelo poder civil e religioso, Sônia recorre ao Judiciário e entra com uma ação na qual reivindica o direito à informação. Ganha o processo e, finalmente, consegue ingressar nos arquivos. Foi aí, no meio da papelada, que ela descobriu, horrorizada, as razões da cortina de silêncio: sua cidade, longe de ter sido um bastião da resistência ao nazismo, havia sediado um campo de concentração. Lá, os nazistas prenderam, torturaram e mataram muita gente, com a cumplicidade ou a omissão de moradores, que tentaram, depois, apagar essa mancha vergonhosa da memória, forjando um passado que nunca existiu.
    Os documentos registraram inclusive a prisão de um judeu, denunciado na época por dois padres, que no momento da pesquisa continuavam ainda vivos, vivíssimos, tentando impedir o acesso de Sônia aos registros. No entanto, o mais doloroso, era que aqueles que, ontem, haviam sido carrascos, cúmplices da opressão, posavam, hoje, como heróis da resistência e parceiros da liberdade. Quanto escárnio! Os safados haviam invertido os papéis. Por isso, ocultavam os documentos.

    Deus tá vendo
    E é aqui que entra a forma como a mídia cobriu a morte do cardeal dom Eugênio Sales, que comandou a Arquidiocese do Rio, com mão forte, ao longo de 30 anos (1971-2001), incluindo os anos de chumbo da ditadura militar. O que aconteceu nesse período? O Brasil já elegeu três presidentes que foram reprimidos pela ditadura, mas até hoje, não temos acesso aos principais documentos da repressão.


    Se a Comissão Nacional da Verdade, instalada em maio último pela presidente Dilma Rousseff, pudesse criar, no campo da memória, algo similar à operação "Deus tá vendo", organizada pela Policia Civil do Rio Grande do Sul, talvez encontrássemos a resposta. Na tal operação, a Polícia prendeu na última quinta-feira quatro pastores evangélicos envolvidos em golpes na venda de automóveis. Seria o caso de perguntar: o que foi que Deus viu na época da ditadura militar?
    Tem coisas que até Ele duvida. Tive a oportunidade de acompanhar a trajetória do cardeal Eugênio Sales, na qualidade de repórter da ASAPRESS, uma agência nacional de notícias arrendada pela CNBB em 1967. Também, cobri reuniões e assembleias da Conferência dos Bispos para os jornais do Rio – O Sol, O Paiz e Correio da Manhã, quando dom Eugênio era Arcebispo Primaz de Salvador. É a partir desse lugar que posso dar um modesto testemunho. Os bispos que lutavam contra as arbitrariedades eram Helder Câmara, Waldir Calheiros, Cândido Padin, Paulo Evaristo Arns e alguns outros mais que foram vigiados e perseguidos. Mas não dom Eugênio, que jogava no time contrário. Um dos auxiliares de dom Helder, o padre Henrique, foi torturado até a morte em 1969, num crime que continua atravessado na garganta de todos nós e que esperamos seja esclarecido pela Comissão da Verdade. Padres e leigos foram presos e torturados, sem que escutássemos um pio de protesto de dom Eugênio, contrário à teologia da libertação e ao envolvimento da Igreja com os pobres.
    O cardeal Eugenio Sales era um homem do poder, que amava a pompa e o rapapé, muito atuante no campo político. Foi ele um dos inspiradores das "candocas" – como Stanislaw Ponte Preta chamava as senhoras da CAMDE, a Campanha da Mulher pela Democracia. As "candocas" desenvolveram trabalhos sociais nas favelas exclusivamente com o objetivo de mobilizar setores pobres para seus objetivos golpistas. Foram elas, as "candocas", que organizaram manifestações de rua contra o governo democraticamente eleito de João Goulart, incluindo a famigerada "Marcha da família com Deus pela liberdade", que apoiou o golpe militar, com financiamento de multinacionais, o que foi muito bem documentado pelo cientista político René Dreifuss, em seu livro "1964: A Conquista do Estado" (Vozes, 1981). Ele teve acesso ao Caixa 2 do IPES/IBAD.
    Nós, toda a torcida do Flamengo e Deus que estava vendo tudo, sabíamos que dom Eugênio era, com todo o respeito, o cardeal da ditadura. Se não sofro de amnésia –e não sofro de amnésia ou de qualquer doença neurodegenerativa– posso garantir que na época ele nem disfarçava, ao contrário manifestava publicamente orgulho do livre trânsito que tinha entre os militares e os poderosos.
    Quem tem dúvidas… basta pesquisar os textos assinados por ele no JB e n'O Globo– escreve a jornalista Hildegard Angel, que foi colunista dos dois jornais e avaliou assim a opção preferencial do cardeal:
    A Igreja Católica, no Rio, sob a égide de dom Eugenio Salles, foi cada vez mais se distanciando dos pobres e se aproximando, cultivando, cortejando as estruturas do poder. Isso não poderia acabar bem. Acabou no menor percentual de católicos no país: 45,8%…

    Portões do Sumaré
    Por isso, a jornalista estranhou –e nós também– a forma como o cardeal Eugenio Sales foi retratado no velório pelas autoridades. Ele foi apresentado como um combatente contra a ditadura, que abriu os portões da residência episcopal para abrigar os perseguidos políticos. O prefeito Eduardo Paes, em campanha eleitoral, declarou que o cardeal "defendeu a liberdade e os direitos individuais". O governador Sérgio Cabral e até o presidente do Senado, José Sarney, insistiram no mesmo tema, apresentando dom Eugênio como o campeão "do respeito às pessoas e aos direitos humanos".

    Não foram só os políticos. O jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta escreveu que dom Eugênio chegou a abrigar no Rio "uma quantidade enorme de asilados políticos", calculada, por baixo, numa estimativa do Globo, em "mais de quatro mil pessoas perseguidas por regimes militares da América do Sul". Outro jornalista, José Casado, elevou o número para cinco mil. Ou seja, o cardeal era um agente duplo. Publicamente, apoiava a ditadura e, por baixo dos panos, na clandestinidade, ajudava quem lutava contra. Só faltou arranjarem um codinome para ele, denominado pelo papa Bento XVI como "o intrépido pastor".

    Seria possível acreditar nisso, se o jornal tivesse entrevistado um por cento das vítimas. Bastaria 50 perseguidos nos contarem como o cardeal com eles se solidarizou. No entanto, o jornal não dá o nome de uma só –umazinha– dessas cinco mil pessoas. Enquanto isto não acontecer, preferimos ficar com o corajoso depoimento de Hildegard Angel, cujo irmão Stuart, foi torturado e morto pelo Serviço de Inteligência da Aeronáutica. Sua mãe, a estilista Zuzu Angel, procurou o cardeal e bateu com a cara na porta do palácio episcopal.
    Segundo Hilde, dom Eugênio "fechou os olhos às maldades cometidas durante a ditadura, fechando seus ouvidos e os portões do Sumaré aos familiares dos jovens ditos "subversivos" que lá iam levar suas súplicas, como fez com minha mãe Zuzu Angel (e isso está documentado)". Ela acha surpreendente que os jornais queiram nos fazer acreditar "que ocorreu justo o contrário!", como no filme "Uma cidade sem passado".
    Mas não é tão surpreendente assim. O texto de Hildegard menciona a grande habilidade, em vida, de dom Eugenio, em "manter ótimas relações com os grandes jornais, para os quais contribuiu regularmente com artigos". As azeitadas relações com os donos dos jornais e com alguns jornalistas em postos-chave continuaram depois da morte, como é possível constatar com a cobertura do velório. A defesa de dom Eugênio, na realidade, funciona aqui como uma autodefesa da mídia e do poder.
    Os jornais elogiaram, como uma virtude e uma delicadeza, o gesto do cardeal Eugenio Sales que cada vez que ia a Roma levava mamão-papaia para o papa João Paulo II, com o mesmo zelo e unção com que o senador Alfredo Nascimento levava tucumã já descascado para o café da manhã do então governador Amazonino Mendes. São os rituais do poder com seus rapapés.
    Dentro de uma sociedade, assim como os discursos, as memórias são controladas e negociadas entre diferentes grupos e diferentes sistemas de poder. Ainda que não possam ser confundidas com a "verdade", as memórias têm valor social de "verdade" e podem ser difundidas e reproduzidas como se fossem "a verdade"– escreve Teun A. van Dijk, doutor pela Universidade de Amsterdã.
    A "verdade" construída pela mídia foi capaz de fotografar até "a presença do Espírito Santo" no funeral. Um voluntário da Cruz Vermelha, Gilberto de Almeida, 59 anos, corretor de imóveis, no caminho ao velório de dom Eugênio, passou pelo abatedouro, no Engenho de Dentro, comprou uma pomba por R$ 25 e a soltou dentro da catedral. A ave voou e posou sobre o caixão: "Foi um sinal de Deus, é a presença do Espírito Santo" – berraram os jornais. Parece que vale tudo para controlar a memória, até mesmo estabelecer preço tão baixo para uma das pessoas da Santíssima Trindade. É muita falta de respeito com a fé das pessoas.

    "A mídia deve ser pensada não como um lugar neutro de observação, mas como um agente produtor de imagens, representações e memória" nos diz o citado pesquisador holandês, que estudou o tratamento racista dispensado às minorias étnicas pela imprensa europeia. Para ele, os modos de produção e os meios de produção de uma imagem social sobre o passado são usados no campo da disputa política.
    Nessa disputa, a mídia nos forçou a fazer os comentários que você acaba de ler, o que pode parecer indelicadeza num momento como esse de morte, de perda e de dor para os amigos do cardeal. Mas se a gente não falar agora, quando então? Stuart Angel e os que combateram a ditadura merecem que a gente corra o risco de parecer indelicado. É preciso dizer, em respeito à memória deles, que Dom Eugênio tinha suas virtudes, mas uma delas não foi, certamente, a solidariedade aos perseguidos políticos para quem os portões do Sumaré, até prova em contrário, permaneceram fechados. Que ele descanse em paz!


    P.S: O jornalista amazonense Fábio Alencar foi quem me repassou o texto de Hildegard Angel, que circulou nas redes sociais. O doutor Geraldo Sá Peixoto Pinheiro, historiador e professor da Universidade Federal do Amazonas, foi quem me indicou, há anos, o filme "Uma cidade sem passado". Quem me permitiu discutir o conceito de memória foram minhas colegas doutoras Jô Gondar e Vera Dodebei, organizadoras do livro "O que é Memória Social" (Rio de Janeiro: Contra Capa/ Programa de Pós- Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, 2005). Nenhum deles tem qualquer responsabilidade sobre os juízos por mim aqui emitidos.

    Fontes: ADITAL
    ImagensInternet




    sábado, 26 de maio de 2012

    Vamos abolir de vez o Trabalho escravo

    Trabalho escravo: Vamos abolir de vez essa vergonha.


    PSD, PMDB, DEM e PP são os partidos com mais opositores à PEC

    Levantamento da Repórter Brasil aponta que 23 dos 29 que se opuseram à PEC do Trabalho Escravo pertencem a quatro partidos. Todos eles desrespeitaram a orientação das suas bancadas

    por Daniel Santini


    Brasília - Quatro partidos concentram 23 dos 29 deputados federais que votaram contra a Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, a PEC do Trabalho Escravo, na última quarta-feira, 22. Contrariando a orientação de seus líderes, que defenderam publicamente a aprovação, oito integrantes do PSD, sete do PMDB, quatro do DEM e quatro do PP se declararam publicamente contra a medida que determina o confisco de propriedades em que for flagrado trabalho escravo e seu encaminhamento para reforma agrária ou uso social. Após praticamente oito anos parada, a proposta obteve nesta semana 360 votos, bem mais dos que os 308 necessários para sua aprovação.
    As informações são parte de um levantamento feito pela ONG Repórter Brasil. A proposta agora será apreciada no Senado Federal, onde deve ser discutida também sua regulamentação. O governo se comprometeu a criar uma comissão mista formada por cinco senadores e cinco deputados para discutir o trâmite necessário para a expropriação e confisco. Os parlamentares que têm se oposto ao combate à escravidão insistem que é necessária a revisão do Artigo 149 do Código Penal, que define e detalhe este crime. Confira abaixo os que se declararam abertamente contrários à PEC e, no final deste texto, a relação completa dos parlamentares, incluindo os que estavam presentes, mas se abstiveram de votar e os que não compareceram ao plenário.

    Leia também:

    Resultado da votação
    Sim: 360
    Não: 29
    Abstenções: 25
    Obstrução: 1
    Total da Votação: 415
    Ausentes 98
    Total de deputadas e deputados 513

    Parlamentar UF Voto
    DEM
    Abelardo Lupion PR Não
    Alexandre Leite SP Sim
    Antonio Carlos Magalhães Neto BA Sim
    Augusto Coutinho PE Sim
    Claudio Cajado BA Ausente
    Davi Alcolumbre AP Ausente
    Efraim Filho PB Sim
    Eli Correa Filho SP Sim
    Fábio Souto BA Sim
    Felipe Maia RN Sim
    Jairo Ataide MG Abstenção
    João Bittar MG Sim
    Jorge Tadeu Mudalen SP Sim
    Júlio Campos MT Ausente
    Lael Varella MG Ausente
    Lira Maia PA Não
    Luiz Carlos Setim PR Não
    Mandetta MS Sim
    Mendonça Filho PE Sim
    Mendonça Prado SE Sim
    Onyx Lorenzoni RS Ausente
    Pauderney Avelino AM Sim
    Paulo Cesar Quartiero RR Não
    Professora Dorinha Seabra Rezende TO Sim
    Rodrigo Maia RJ Ausente
    Ronaldo Caiado GO Não
    Vitor Penido MG Ausente
    Total DEM: 27

    PCdoB
    Alice Portugal BA Sim
    Assis Melo RS Sim
    Chico Lopes CE Sim
    Daniel Almeida BA Sim
    Delegado Protógenes SP Sim
    Evandro Milhomen AP Sim
    Jandira Feghali RJ Sim
    Jô Moraes MG Sim
    João Ananias CE Sim
    Luciana Santos PE Sim
    Manuela D`ávila RS Sim
    Osmar Júnior PI Sim
    Perpétua Almeida AC Sim
    Total PCdoB: 13

    PDT
    André Figueiredo CE Sim
    Ângelo Agnolin TO Sim
    Damião Feliciano PB Sim
    Dr. Jorge Silva ES Sim
    Enio Bacci RS Ausente
    Felix Mendonça Júnior BA Sim
    Flávia Morais GO Sim
    Giovani Cherini RS Sim
    Giovanni Queiroz PA Não
    João Dado SP Sim
    Manato ES Sim
    Marcelo Matos RJ Sim
    Marcos Medrado BA Sim
    Marcos Rogério RO Obstrução
    Miro Teixeira RJ Sim
    Oziel Oliveira BA Sim
    Paulo Pereira da Silva SP Sim
    Paulo Rubem Santiago PE Sim
    Reguffe DF Sim
    Salvador Zimbaldi SP Sim
    Sebastião Bala Rocha AP Sim
    Sueli Vidigal ES Sim
    Vieira da Cunha RS Sim
    Weverton Rocha MA Sim
    Wolney Queiroz PE Sim
    Zé Silva MG Sim
    Total PDT: 26

    PHS
    José Humberto MG Não
    Total PHS: 1

    PMDB
    Adrian RJ Sim
    Alberto Filho MA Ausente
    Alceu Moreira RS Não
    Alexandre Santos RJ Ausente
    André Zacharow PR Não
    Aníbal Gomes CE Ausente
    Antônio Andrade MG Não
    Arthur Oliveira Maia BA Sim
    Asdrubal Bentes PA Abstenção
    Benjamin Maranhão PB Sim
    Carlos Bezerra MT Abstenção
    Celso Maldaner SC Sim
    Danilo Forte CE Sim
    Darcísio Perondi RS Sim
    Edinho Araújo SP Sim
    Edinho Bez SC Sim
    Edio Lopes RR Não
    Edson Ezequiel RJ Sim
    Eduardo Cunha RJ Abstenção
    Elcione Barbalho PA Sim
    Eliseu Padilha RS Sim
    Fabio Trad MS Sim
    Fátima Pelaes AP Ausente
    Fernando Jordão RJ Sim
    Flaviano Melo AC Ausente
    Francisco Escórcio MA Sim
    Gabriel Chalita SP Sim
    Genecias Noronha CE Abstenção
    Gera Arruda CE Sim
    Geraldo Resende MS Sim
    Giroto MS Sim
    Henrique Eduardo Alves RN Sim
    Hermes Parcianello PR Sim
    Hugo Motta PB Ausente
    Íris de Araújo GO Sim
    João Arruda PR Sim
    João Magalhães MG Abstenção
    Joaquim Beltrão AL Abstenção
    José Priante PA Ausente
    Júnior Coimbra TO Não
    Leandro Vilela GO Ausente
    Lelo Coimbra ES Sim
    Leonardo Picciani RJ Sim
    Leonardo Quintão MG Sim
    Lucio Vieira Lima BA Ausente
    Luiz Pitiman DF Sim
    Manoel Junior PB Sim
    Marçal Filho MS Sim
    Marcelo Castro PI Sim
    Marinha Raupp RO Não
    Mario Feitoza CE Sim
    Marllos Sampaio PI Sim
    Mauro Benevides CE Sim
    Mauro Lopes MG Ausente
    Mauro Mariani SC Ausente
    Natan Donadon RO Ausente
    Nelson Nornier RJ Sim
    Newton Cardoso MG Ausente
    Nilda Gondim PB Sim
    Odílio Balbinotti PR Sim
    Osmar Serraglio PR Sim
    Osmar Terra RS Sim
    Paulo Piau MG Sim
    Pedro Chaves GO Sim
    Pedro Novais MA Ausente
    Professor Setimo MA Sim
    Raul Henry PE Sim
    Renan Filho AL Sim
    Rogério Peninha Mendonça SC Sim
    Ronaldo Benedet SC Sim
    Rose de Freitas ES Sim
    Sandro Mabel GO Ausente
    Saraiva Felipe MG Sim
    Teresa Surita RR Sim
    Valdir Colatto SC Não
    Washington Reis RJ Abstenção
    Wilson Filho PB Abstenção
    Wladimir Costa PA Ausente
    Total PMDB: 78

    PMN
    Dr. Carlos Alberto RJ Sim
    Jaqueline Roriz DF Sim
    Total PMN: 2

    PP
    Afonso Hamm RS Ausente
    Aline Corrêa SP Sim
    Arthur Lira AL Ausente
    Beto Mansur SP Não
    Carlos Magno RO Não
    Cida Borghetti PR Sim
    Dilceu Sperafico PR Ausente
    Dimas Fabiano MG Sim
    Eduardo da Fonte PE Sim
    Esperidião Amin SC Sim
    Gladson Cameli AC Ausente
    Iracema Portella PI Sim
    Jair Bolsonaro RJ Ausente
    Jeronimo Goergen RS Ausente
    João Leão BA Ausente
    João Pizzolatti SC Sim
    José Linhares CE Sim
    José Otávio Germano RS Ausente
    Lázaro Botelho TO Abstenção
    Luis Carlos Heinze RS Não
    Luiz Argôlo BA Ausente
    Luiz Fernando Faria MG Ausente
    Márcio Reinaldo Moreira MG Sim
    Mário Negromonte BA Sim
    Missionário José Olimpio SP Ausente
    Nelson Meurer PR Não
    Paulo Maluf SP Ausente
    Pedro Henry MT Ausente
    Rebecca Garcia AM Ausente
    Renato Molling RS Sim
    Renzo Braz MG Ausente
    Roberto Britto BA Sim
    Roberto Balestra GO Ausente
    Roberto Teixeira PE Ausente
    Sandes Júnior GO Sim
    Simão Sessim RJ Sim
    Toninho Pinheiro MG Ausente
    Vilson Covatti RS Ausente
    Waldir Maranhão MA Sim
    Total PP: 39

    PPS
    Almeida Lima SE Sim
    Arnaldo Jardim SP Sim
    Arnaldo Jordy PA Sim
    Augusto Carvalho DF Sim
    Carmen Zanotto SC Sim
    Dimas Ramalho SP Sim
    Roberto Freire SP Sim
    Rubens Bueno PR Sim
    Sandro Alex PR Sim
    Stepan Nercessian RJ Sim
    Total PPS: 10

    PR
    Aelton Freitas MG Abstenção
    Anderson Ferreira PE Sim
    Anthony Garotinho RJ Sim
    Aracely de Paula MG Ausente
    Bernardo Santana de Vasconcellos MG Não
    Davi Alves Silva Júnior MA Sim
    Dr. Adilson Soares RJ Ausente
    Francisco Floriano RJ Ausente
    Giacobo PR Ausente
    Gorete Pereira CE Ausente
    Henrique Oliveira PE Sim
    Inocêncio Oliveira PE Sim
    Izalci DF Sim
    Jaime Martins MG Ausente
    João Carlos Bacelar BA Abstenção
    João Maia RN Ausente
    José Rocha BA Sim
    Laercio Oliveira PA Sim
    Lincoln Portela MG Sim
    Luciano Castro PR Sim
    Lúcio Vale PA Sim
    Maurício Quintella Lessa AL Sim
    Maurício Trindade BA Ausente
    Milton Monti SP Sim
    Neilton Mulim RJ Sim
    Paulo Feijó RJ Sim
    Paulo Freire SP Sim
    Ronaldo Fonseca DF Sim
    Tiririca SP Sim
    Valdemar Costa Neto SP Sim
    Vicente Arruda CE Ausente
    Vinicius Gurgel AP Ausente
    Wellington Fagundes MT Abstenção
    Wellington Roberto PB Ausente
    Zé Vieira MA Ausente
    Zoinho RJ Sim
    Total PR: 36

    PRB
    Acelino Popó BA Sim
    Antonio Bulhões SP Ausente
    Cleber Verde MA Sim
    George Hilton MG Sim
    Heleno Silva SE Sim
    Jhonatan de Jesus RR Sim
    Márcio Marinho BA Ausente
    Otoniel Lima SP Sim
    Vilalba PE Sim
    Vitor Paulo RJ Sim
    Total PRB: 10

    PRP
    Jânio Natal BA Sim
    Total PRP: 1

    PRTB
    Aureo RJ Sim
    Total PRTB: 1

    PSB
    Abelardo Camarinha SP Sim
    Alexandre Roso RS Sim
    Antonio Balhmann CE Sim
    Ariosto Holanda CE Sim
    Audifax ES Sim
    Domingos Neto CE Sim
    Dr. Ubiali SP Sim
    Fernando Coelho Filho PE Sim
    Givaldo Carimbão AL Ausente
    Glauber Braga RJ Sim
    Gonzaga Patriota PE Sim
    Janete Capiberibe AP Sim
    Jonas Donizette SP Ausente
    José Stédile RS Sim
    Júlio Delgado MG Ausente
    Keiko Ota SP Sim
    Laurez Moreira TO Sim
    Leopoldo Meyer PR Sim
    Luiz Noé RS Sim
    Luiza Erundina SP Sim
    Mauro Nazif RO Sim
    Pastor Eurico PE Sim
    Paulo Foletto ES Sim
    Ribamar Alves MA Sim
    Romário RJ Sim
    Sandra Rosado RN Sim
    Severino Ninho PE Sim
    Valadares Filho SE Sim
    SValtenir Pereira MT Sim
    Total PSB: 29

    PSC
    Andre Moura SE Sim
    Antônia Lúcia AC Ausente
    Carlos Eduardo Cadoca PE Sim
    Costa Ferreira MA Sim
    Deley RJ Sim
    Edmar Arruda PR Sim
    Erivelton Santana BA Sim
    Filipe Pereira RJ Sim
    Hugo Leal RJ Sim
    Lauriete ES Sim
    Leonardo Gadelha PB Sim
    Nelson Padovani PR Não
    Pastor Marco Feliciano SP Ausente
    Ratinho Junior PR Sim
    Stefano Aguiar MG Sim
    Takayama PR Ausente
    Zequinha Marinho PA Abstenção
    Total PSC: 17

    PSD
    Ademir Camilo MG Sim
    Armando Vergílio GO Ausente
    Arolde de Oliveira RJ Sim
    Átila Lins AM Ausente
    Carlos Souza AM Sim
    César Halum TO Sim
    Danrlei De Deus Hinterholz RS Sim
    Diego Andrade MG Abstenção
    Dr. Paulo César RJ Sim
    Edson Pimenta BA Sim
    Eduardo Sciarra PR Não
    Eleuses Paiva SP Ausente
    Eliene Lima MT Abstenção
    Fábio Faria RN Sim
    Felipe Bornier RJ Sim
    Fernando Torres BA Sim
    Francisco Araújo RR Não
    Geraldo Thadeu MG Sim
    Guilherme Campos SP Não
    Guilherme Mussi SP Sim
    Hélio Santos MA Abstenção
    Heuler Cruvinel GO Ausente
    Homero Pereira MT Não
    Hugo Napoleão PI Sim
    Irajá Abreu TO Não
    Jefferson Campos SP Sim
    João Lyra AL Ausente
    Jorge Boeira SC Sim
    José Carlos Araújo BA Ausente
    José Nunes BA Não
    Júlio Cesar PI Abstenção
    Junji Abe SP Abstenção
    Liliam Sá RJ Sim
    Manoel Salviano CE Ausente
    Marcelo Aguiar SP Sim
    Marcos Montes MG Não
    Moreira Mendes RO Ausente
    Nice Lobão MA Ausente
    Onofre Santo Agostini SC Abstenção
    Paulo Magalhães BA Ausente
    Raul Lima RR Não
    Reinhold Stephanes PR Sim
    Ricardo Izar SP Abstenção
    Roberto Santiago SP Sim
    Sérgio Brito BA Sim
    Silas Câmara AM Sim
    Walter Tosta MG Sim
    Total PSD: 47

    PSDB
    Alberto Mourão SP Sim
    Alfredo Kaefer PR Ausente
    Andreia Zito RJ Sim
    Antonio Carlos Mendes Thame SP Sim
    Antonio Imbassahy BA Ausente
    Berinho Bantim RR Não
    Bonifácio de Andrada MG Sim
    Bruna Furlan SP Sim
    Bruno Araújo PE Sim
    Carlaile Pedrosa MG Sim
    Carlos Alberto Leréia GO Ausente
    Carlos Brandão MA Abstenção
    Carlos Sampaio SP Ausente
    Cesar Colnago ES Sim
    Domingos Sávio MG Sim
    Duarte Nogueira SP Sim
    Dudimar Paxiúba PA Sim
    Eduardo Azeredo MG Sim
    Eduardo Barbosa MG Sim
    Eduardo Gomes TO Ausente
    Emanuel Fernandes SP Ausente
    Fernando Francischini PR Sim
    João Campos GO Sim
    Jorginho Mello SC Sim
    Jutahy Junior BA Sim
    Leonardo Vilela GO Sim
    Luiz Carlos AP Sim
    Luiz Fernando Machado SP Ausente
    Luiz Nishimori PR Sim
    Mara Gabrilli SP Sim
    Marcio Bittar AC Sim
    Marco Tebaldi SC Sim
    Marcus Pestana MG Sim
    Nelson Marchezan Junior RS Ausente
    Nilson Leitão MT Sim
    Otavio Leite RJ Sim
    Paulo Abi-Ackel MG Sim
    Pinto Itamaraty MA Sim
    Raimundo Gomes de Matos CE Ausente
    Reinaldo Azambuja MS Sim
    Ricardo Tripoli SP Sim
    Rodrigo de Castro MG Sim
    Rogério Marinho RN Sim
    Romero Rodrigues PB Sim
    Rui Palmeira AL Ausente
    Ruy Carneiro PB Sim
    Sergio Guerra PE Sim
    Vanderlei Macris SP Sim
    Vaz de Lima SP Sim
    Walter Feldman SP Sim
    Wandenkolk Gonçalves PA Sim
    William Dib SP Sim
    Zenaldo Coutinho PA Sim
    Total PSDB: 53

    PSL
    Dr. Grilo MG Sim
    Total PSL: 1

    PSOL
    Chico Alencar RJ Sim
    Ivan Valente SP Sim
    Jean Wyllys RJ Sim
    Total PSOL: 3

    PT
    Afonso Florence BA Sim
    Alessandro Molon RJ Sim
    Amauri Teixeira BA Sim
    André Vargas PR Sim
    Angelo Vanhoni PR Sim
    Antônio Carlos Biffi MS Sim
    Arlindo Chinaglia SP Sim
    Artur Bruno CE Ausente
    Assis Carvalho PI Ausente
    Assis do Couto PR Sim
    Benedita da Silva RJ Ausente
    Beto Faro PA Sim
    Bohn Gass RS Sim
    Cândido Vaccarezza SP Sim
    Carlinhos Almeida SP Sim
    Carlos Zarattini SP Sim
    Chico D`Angelo RJ Sim
    Cláudio Puty PA Sim
    Dalva Figueiredo AP Ausente
    Décio Lima SC Sim
    Devanir Ribeiro SP Sim
    Domingos Dutra MA Sim
    Dr. Rosinha PR Sim
    Edson Santos RJ Sim
    Erika Kokay DF Sim
    Eudes Xavier CE Sim
    Fátima Bezerra RN Sim
    Fernando Ferro PE Sim
    Fernando Marroni RS Sim
    Francisco Praciano AM Sim
    Gabriel Guimarães MG Sim
    Geraldo Simões BA Sim
    Gilmar Machado MG Sim
    Henrique Fontana RS Sim
    Iriny Lopes ES Sim
    Janete Rocha Pietá SP Ausente
    Jesus Rodrigues PI Sim
    Jilmar Tatto SP Sim
    João Paulo Lima PE Sim
    João Paulo Cunha SP Sim
    José Airton CE Ausente
    José De Filippi SP Sim
    José Guimarães CE Sim
    José Mentor SP Sim
    Josias Gomes BA Sim
    Leonardo Monteiro MG Sim
    Luci Choinacki SC Sim
    Luiz Alberto BA Ausente
    Luiz Couto PB Sim
    Luiz Sérgio RJ Sim
    Márcio Macêdo SE Sim
    Marco Maia RS Art. 17
    Marcon RS Sim
    Marina Santanna GO Sim
    Miguel Corrêa MG Ausente
    Miriquinho Batista PA Sim
    Nazareno Fonteles PI Sim
    Nelson Pellegrino BA Sim
    Newton Lima SP Sim
    Odair Cunha MG Sim
    Padre João MG Sim
    Padre Ton RO Sim
    Paulo Ferreira RS Sim
    Paulo Pimenta RS Sim
    Paulo Teixeira SP Sim
    Pedro Eugênio PE Sim
    Pedro Uczai SC Sim
    Policarpo DF Sim
    Reginaldo Lopes MG Sim
    Ricardo Berzoini SP Sim
    Rogério Carvalho SE Sim
    Ronaldo Zulke RS Sim
    Rubens Otoni GO Ausente
    Sibá Machado AC Sim
    Taumaturgo Lima AC Sim
    Valmir Assunção BA Sim
    Vander Loubet MS Sim
    Vanderlei Siraque SP Sim
    Vicente Candido SP Sim
    Vicentinho SP Sim
    Waldenor Pereira BA Sim
    Weliton Prado MG Sim
    Zé Geraldo PA Sim
    Zeca Dirceu PR Sim
    Zezéu Ribeiro BA Sim
    Total PT: 85

    PTB
    Alex Canziani PR Sim
    Antonio Brito BA Sim
    Arnaldo Faria de Sá SP Sim
    Arnon Bezerra CE Sim
    Celia Rocha AL Ausente
    Eros Biondini MG Sim
    Jorge Corte Real PE Sim
    José Augusto Maia PE Sim
    José Chaves PE Sim
    Josué Bengtson PA Ausente
    Jovair Arantes GO Abstenção
    Magda Mofatto GO Abstenção
    Nelson Marquezelli SP Não
    Nilton Capixaba RO Sim
    Paes Landim PI Sim
    Ronaldo Nogueira RS Sim
    Sabino Castelo Branco AM Ausente
    Sérgio Moraes RS Sim
    Silvio Costa PE Sim
    Walney Rocha RJ Sim
    Total PTB: 20

    PRP
    Jânio Natal BA Ausente
    Total PRP: 1

    PTdoB
    Lourival Mendes MA Sim
    Luis Tibé MG Sim
    Rosinha da Adefal AL Sim
    Total PTdoB: 3

    PV
    Alfredo Sirkis RJ Sim
    Antônio Roberto MG Sim
    Dr. Aluizio RJ Sim
    Fábio Ramalho MG Sim
    Henrique Afonso AC Sim
    Paulo Wagner RN Sim
    Penna SP Sim
    Roberto de Lucena SP Ausente
    Rosane Ferreira PR Sim
    Sarney Filho MA Sim
    Total PV: 10

    Pessoas desaparecidas